Auditoria energética e análise das medidas a implementar são passos fundamentais para construir o seu PPE.
Um Plano de Eficiência Energética (PEE) tem como objectivo a análise de onde, como e para que efeito se consome energia, tendo em vista a redução dos custos e consumos. Só após esta identificação se consegue desenvolver um plano de racionalização, que deverá ser feito por profissionais na área.
A redução dos consumos de energia nas empresas tornou-se uma exigência do mercado, tornando-se fundamental a elaboração destes planos de eficiência. Desde 1999 e até agora tem-se verificado um crescimento dos consumos de energia no sector dos serviços, originado pelo aumento efectivo do grau de conforto exigido pela população. Estudos demonstram que os edifícios de serviços, que representam aproximadamente 40% do consumo de energia na Europa, tinham um potencial de poupança de mais de 30% com a aplicação de medidas de melhoria com viabilidade económica e de fácil implementação.
1º Auditoria energética
Para se elaborar um PEE é necessário começar pela auditoria energética.É na auditoria energética que se identificam e os desperdícios de energia bem como as condições de conforto e qualidade de ar interior. Este processo passa pelo planeamento, análise e recolha de informação da empresa, pelo trabalho de campo, como medições técnicas, visualização das instalações e análise dos dados da empresa.
2º Análise das medidas de economia de energia a serem aplicadas
Depois da primeira fase é necessário avaliar a viabilidade técnica e económica das medidas a implementar. Quase todos os edifícios são passíveis de implementação de medidas de melhoria genéricas. Estas medidas podem, nalguns casos, ser aplicadas pelos próprios utilizadores, como a iluminação, a gestão das temperaturas interiores de conforto, a aplicação de ‘free-cooling' (arrefecimento de um espaço utilizando o ar exterior), a manutenção dos sistemas de climatização e ventilação e evitar ‘stand-by' de equipamentos.
3º Desenvolvimento do PEE
Depois dos passos anteriores chega-se então ao plano que mais se adequa às suas necessidades. É nesta fase que se define o melhor modelo, aquele que mais interessa a cada caso concreto. E as soluções são variadas, sendo o modelo ESCO (Energy Service Company) adoptado por várias empresas. Este modelo visa a partilha de risco entre as empresas de engenharia conhecedoras do processo para obterem os melhores resultados e as melhores medidas, e que podem apoiar a empresa na obtenção de verbas para a implementação de algumas ou todas as medidas de economia de energia, preconizadas no PEE.
4º Acompanhamento e monitorização das medidas implementadas
Depois da elaboração do PPE e da sua implementação é fundamental fazer o acompanhamento do trabalho proposto. Esta monitorização das medidas pode ditar o sucesso das medidas.
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