A Century 21 quer continuar a crescer em Portugal e, em 2012, quer chegar às 70 lojas. Este ano, vai focar-se no Grande Porto.
O ano passado, a Century 21 Portugal facturou 8,1 milhões de euros, mais 33%, que no ano anterior. Além disso, mediaram 3.250 transacções, mais 900 que em 2009 e ainda conseguiram angariar 14 novos franchisados, na prática, 14 novas lojas. O administrador da empresa em Portugal, Ricardo Sousa, está satisfeito com estes resultados, mas já está de olhos postos em 2011.
A facturação [valor das comissões] da Century 21 subiu 33% em 2010. Como se explica este crescimento em ano de crise?
De facto foi um ano muito difícil para o mercado imobiliário e esta subida nos resultados da Century 21 Portugal é justificada por dois factores. Por um lado, o aumento da procura dos serviços imobiliários no momento de vender, comprar e arrendar uma casa, porque hoje é cada vez mais difícil completar com êxito uma transacção imobiliária sem recorrer a serviços especializados profissionais. Por outro lado, nos últimos dois anos muitos mediadores abandonaram operações, deixando lugar às empresas mais profissionalizadas. Assim temos o efeito do aumento da procura conjugado com a diminuição da concorrência na mediação imobiliária.
O valor das casas mediadas também subiu 28%, para 231 milhões de euros. Porquê?
Sobretudo pela realização de mais vendas, até porque registámos uma diminuição de 7% no valor médio dos imóveis transaccionados. A média do valor dos imóveis transaccionados em 2009 era de 155.414 euros, enquanto que em 2010 a média situou-se nos 145.688 euros.
O ano passado abriram 14 novas lojas. Que localidades foram privilegiadas? Vão continuar a apostar nessas áreas?
Em 2010, a aposta foi consolidar a nossa presença na Área Metropolitana de Lisboa e na região centro. A aposta para 2011 é o mercado imobiliário do Grande Porto.
Que objectivos definiram para a região do Grande Porto?
A nossa estratégia passa por arrancar com as operações nos concelhos limítrofes da cidade do Porto e por uma selecção rigorosa dos parceiros locais para representarem a marca Century 21. Estamos mais focados em compreender as dinâmicas locais e especificidades do mercado imobiliário da região norte e em ajustar-nos a esta realidade do que em abrir muitas lojas neste primeiro ano.
Pretendem crescer 10% na expansão da rede? Isso diz respeito a quantas lojas?
O objectivo é chegarmos a 2012 com 70 lojas.
Outra das apostas para 2011 é a iniciativa Anti-Crise, uma parceria com a CGD para vender casas com financiamento garantido. Quantas casas têm na bolsa de imóveis criada para o efeito e quais os seus valores?
Não há um número definido de casas. Trata-se duma bolsa dinâmica que está continuamente a ser alimentada com novos imóveis, mas também a registar saídas, em consequência da sua venda. Pretendemos manter um número cada vez maior de imóveis em bolsa, através dos novos acordos que estamos a assinar, para manter uma bolsa diversificada, tanto em tipologia como em preço. Neste caso, embora se verifique uma grande variedade de preços - que pode ir de 50 mil de 300 mil euros ou mais - a grande parte dos imóveis custa entre 75 mil e 150 mil euros.
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